09 maio, 2016

//amarela//

não consigo te tocar,
nem colorir.


(e também nunca tentei)


por isso escrevo
e meus olhos lapidam o teu olhar
passo os dedos,

um
dois
três

//você me rege como lei.//

todas as cores te obedecem,
todos os números são teus pares
é tudo muito ímpar

a distância só é pouca
quando a tua presença 
única, 
é singular.

o seu princípio 
principal
é o favorito ser
plural.

//essa é a maior importância.//

no teu relevo
faço revelar

a dor singela é tamanha
porque eu durmo com o desejo
de sonhar com o teu beijo

//o meu medo é sepulcral,
e a vontade é (sur)real//

hoje, confesso,
eu te clamo
desde quando te encontrar
era o único plano de vida

por isso, 
falo e repito:
se eu soubesse que você existia
não tinha (des)esperado tanto.

a nossa forma de amor é o silêncio de um grito
(que me mata)
mas que vivo
sorrindo e
proclamando.

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