10 setembro, 2016

czarismo


é sempre uma tortura
a (re)volta do sentimento.
o corpo padece 
e expurga
qualquer silêncio
do sofrer.

//sentir é puro instinto//

quem dera ser rainha
imperatriz 
ou rei davi 
e ditar a dor
de um povo que mal conhece
a realeza das terras
(ainda não)
habitadas.
se eu fosse midas
o outro seria ouro
e não pedra bruta com poucos recursos.
qualquer mina que se descobre,
ou chão e estrada que se pisa
só tem valor e sentido
se tiver passo
e(m) movimento.

//andar é o único impulso//

não sou de fases, 
eu sou estado. 
me perco sempre na procura
que maltrata e abusa
o meu próprio reino triunfal.
se eu sugo e não assopro,
o simples vento que perdura
faz temporão 
ser encontro
(a)temporal.

//toda guerra é um pacto//

não quero alma gêmea
desejo um par revolucionário.
por isso esqueço das dores,
e me fortaleço nas guerrilhas.
o maior temor que existe 
não é viver sem saber
aonde o terrorismo
voluptuoso
começa,
mas sim 
quando
o amor
vitorioso
termina.

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