13 maio, 2016

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a pontualidade não me prende
só o impulso quem me pulsa.
se recuo dois horários,
perco duas casas,
e avanço até
três ruas.

//a nossa parte do retrato 
é um todo transparente//

o ouro 
a terra
o touro
a mina

é fogo que à tarde 
arde,
à noite 
arte
e nunca 
some.

a madrugada
(sempre)
insone 
é o sonho
que acorda
e ilumina
toda parte
escura
do meu dia.

cada ponteiro é um desastre
minha visão nem compreende
quais os sentidos necessários
para não sentir
tudo isso que a gente sente

o total
o tato
o cheiro
o olho
o ponto 
a boca
a vírgula 
a pinta
presente
passado,

(o futuro não é sina)

você é a sorte
dos eternos
azares e
destinos.

o acaso
só acusa,
quando encurralar
é o que me empurra.

esqueço o tempo limitado
deixo a perspectiva ocular
gritar mais baixo
e ouço tudo 
eu falo alto
(re)visto 
a vista
sempre a prazo.

meu caminho é passo lento
e caminho sem andar
quando lembro 
já me esqueço

de que a pressa não se sente
de que a vida é realmente
esse terno
sentir 
surtir


//solenemente//


surtar.

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