10 junho, 2016
trabalha & confia
se
escrevo alguns versos
distraídos,
todos os astros me atraem.
o destino não pressinto.
o gesto,
só assino.
eu espero o sentido
do tempo
me (des)fazer
nas horas.
de resto,
quero tanto
transitar no vento
sentir o cheiro
da ausência
do desejo
após todas as presenças,
o universo
do peito
não me empurra
a minha procura
é o encontro
da nossa falta
de atos
de algum modo
do medo
do fato
sem jeito
do toque
sem tato
da língua
sem beijo.
no presente,
não faço um terço
do compasso.
se me perco
no (im)pacto
já me esqueço
do ritual.
a reza que me rege
é irrisória
quando toda prece
for pressa,
a sentença
que me mata
me incendeia.
//o igual
nem sempre
me aflora.//
te deixo ir,
e tropeço
nos blocos
de notas
nos barcos
sem velas.
se fosse pra ser
ontem,
hoje
eu já sei:
o amanhã nunca será
meu
agora,
meu espírito insano
é o apelo
que só queima
quando o santo
descongela
o anseio
nas histórias
passadas
de vidas em
mortes
de esquinas
sem cortes
em toda
e qualquer
vitória
paralela
do sul
ao norte
indefinido,
//do deleite ao delito//
a minha culpa
não sente
qualquer
tipo
de glória
só conflito.
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