todas as vezes em que te abracei,
na mesma hora
o meu corpo cai
e o sentimento
para
se divide
e se reconstrói
em segundos,
semanas,
destinos
e distâncias
mastodonticamente
irrisórias.
eu
&
você
em nós.
nunca sei sobre
os sentidos e pronomes
quando eu me encaixo
na sentença do seu laço.
eu sempre sigo o meu desejo
procurando algum rastro
que ficou
no vazio da sua inteireza.
não quero o tempo contado
eu só conto com a certeza
da imaginação do meu
próprio (t)ato.
te encontro em qualquer canto
e qualquer cheiro
tropeçando
no calor e no bálsamo de seja lá quem for.
//nada é o mesmo//
todo conjunto que me relaciono
é mero detalhe que permanece
passageiro.
sendo o quase
um sim
um talvez
não
importa?
eu continuo
me perdendo nos outros
recortes e perguntas
que refazem os seus passos
em todas as respostas e pessoas
que nem faço mais questão
de acertar o nome.
já que freud não me explica
e nem platão idealiza,
sigo transformando
qualquer essência
aroma
e prosa
em poesia
concreta
e corpórea
através
de retratos
que constróem
o enlace
que vai
que vai
no perfume
que fica
enquanto seu
abraço
(não)
sai.
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