(no stowage)
poesia são sonhos.
algo que todos
contam aos outros
mas ninguém nunca
lê ou liga,
quando não é
o nosso próprio
conto
quem dita.
o sol é um pesadelo:
os raios ultravioletas
pintam toda a melanina
dos mais sinceros
corações neutros.
quando o amarelo
for azul
só reflete luz
na sombra
verde
do planeta
daltônico.
a lua é um espelho,
a terra gira em torno
do ritmo
do meu centro,
e o meu sol que significa
é o signo vermelho
que nunca pergunta,
mas sempre se explica.
lua tem influência
direta no tempo,
no gosto//cor
metal//amor
//pedra, perfume e flor.//
lá fora,
a vida é uma cama
solitária
só quem dorme
espera
que o acordar
é a nota
que nunca foi
e jamais
será
tocada
nas cordas
do meu travesseiro.
//espírito não regride,
estaciona ou progride.//
de todas as estrofes,
não têm astros e posicionamentos
mais poéticos
que o alinhamento
dos passos que
vim
e vivo
vivendo
de vênus
a
mar
te,
de dezembro
a janeiro:
a única coisa que insiste
é o verso paralelo
que quando leio,
se (pr)escreve e se inscreve
e, de fato, nem existe.
só resiste no sonho
do universo
que eu mesma vejo
e na linha louca
que eu
torta
(sem querer
querendo)
ver
sejo.
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