12 julho, 2016
poética em cruz//ilhada
eu não escrevo o que me vem à cabeça
escrevo o que me foge a mão
//queixar-se quase sempre é dar queixa//
sem sair do lugar,
me arrancam
uma porção de coisas.
sujeitos
advérbios
adjetivos
adversidades
a vida é questão de escolhas,
a linha que te prega
só me solta.
recuo o avanço
e faço f(r)esta,
atravesso
ruas
vilas
becos
avenidas
e bosques
sem nem
olhar
pra trás.
o sol faz janela
e qualquer retrato
é revelado
em frente
aos espaços
em branco.
se a onda do mar
insiste em quebrar
eu sinto o correr
do tempo
preenchendo
e parando
as horas
a mais
momentos
respostas
sem céu
sem chão
sem cais.
revisto e reviso
a revolta vencida.
cada derrota da glória
é o sim
talvez
e
se
não
a nossa maior
vitória
é amar
sem ter volta
e fazer
poesia
da ida
com palavras que poderiam
ser suas,
mas também
nem minhas são.
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