14 julho, 2016

responsabilidade emocional


(which city do you live in?)

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coraça em camadas
inteireza do vazio
koan enigmático 

quem decifra 
ilumina 
e elimina

//toda escuridão é maleável//

relacionamento 
que se inicia
sempre é 
algo acabado
um ponto final
uma caixa concreta
um achado
do exílio.

florescimento 
do sentir
é o que deveria ter
o início do sim
sem ser.
ponto e vírgula.

no amor livre,
quando se gosta
e se admira
arrancamos a flor
da terra.
se você ama,
amplifica
contempla a essência 
do não 
e reverbera,
deixa florir.

o fruto
a gente planta no jardim
e rega para deixar estar.
o cultivo nunca muda,
mas as folhas sempre caiem.

//se você tem medo de (a)mar
você tem coragem de que?//

a justificativa do horizonte 
é o quê 
e não o porquê.

o foco sempre me distrai.

a areia que protege
constrói castelos
na água que tece
o percurso
de todos os restos.

o vermelho do ser
o azul que afoga
é o fluxo da natureza
que morre
em qualquer lugar,
já que o nascimento
da tristeza
é onde encontro
a maior felicidade
que imerso
sem sequer
saber
morar.

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