19 julho, 2016

solfejando a lua cheia


a abertura confiante para o misterioso
é cantar a nota no tom da nota.

//a (res)piração é a transição de dentro pra fora//

no compasso universal
a lua sente como o sol
e o dom reflete o espelho da alma.
enquanto o sol e o som
vêm para apre(e)nder ensinando,
você não precisa se apagar
para manter o outro iluminado.

lutar é o desafio solar
luto é a morte em vida
a morte é um eterno enterrar
na terra o fruto 
nasce
cresce e renasce 
vira poesia.

//toda mudança é premeditada
quando o acaso encontra no destino
a prece que padece//

(re)conheça a verdade
e ela
vos aceitará.

a maior dor do mundo
é perder um amor
e ele continuar existindo
sem você ainda saber
que a certeza
sempre foi
a dúvida
de amar
à luz dos olhos
de quem vê 
a lua
mas não sabe que ela
sozinha
e própria
raia sem sequer
brilhar.

//o tempo também faz música//

toda nuvem
quando sai
(en)canta tudo
e não diz nada
só desnuda
enquanto 
o vento
que sente 
se mascara.

Nenhum comentário: