18 agosto, 2016

a cor do ser


a dor mede
e não adormeço.
ando sentindo
sem sentido
e tenho tocado
as notas 
sem formar
qualquer 
acorde
compasso
união
rotina
ou ritmo.

com o corpo cansado
meus olhos me cortam
ao invés de cerrar.

//todo ritual é um conjunto 
de desejos entre fios místicos//

mente atrelada
estafa de todos os
estados
estradas
esquinas
endereços 
destinos
distintos

o rastro de cada tempo
rebate, retranca, resgata
e transborda.

eu só quero mesmo
poder dormir 
sem construir
ponto nodal
a cada noite
insone
em que o nó
górdio
nas madrugadas 
corta 
desata 
e desalinha
tudo de novo 
sem sequer
me acordar
na manhã 
de cada
cor
e ação 
do meu
dia
a
dia
após 
o outro.

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