23 agosto, 2016
libertação
cada artista
cria a sua própria abstração.
toda vertente universal
é rotulada.
ora no filtro amarelo
ou branco
o tom vermelho
azul
e dourado,
ditam o
reencontro
sem soprar
nenhuma
palavra.
a fuga da (l)imitação
é antiga.
toda (re)leitura
é uma nova linguagem
seja ela
literária
ou não.
qualquer entendimento
é impossível
se a teoria esquecer
de que o sentido
não tem espaço
para a fluidez.
o fim é o início
de um erro
que já foi
algum dia
talvez
(des)construído.
na prática,
a renúncia da paixão
é a liberdade
de qualquer plano fixo.
a força da natureza
se faz na pausa
da mortalidade ativa
do meu próprio
suspiro passivo
que vai
da garganta rouca
até a entrada
de todos os locais
de todas as saídas
e qualquer pulmão.
//é tudo abismo.//
a imaginação
era a realidade
da permanência.
desfaço o nó
da finitude
em laços
que se (trans)formam
ora em imagens
ora em moldes,
horas sem formas
de partículas sólidas
finalmente
divididas.
o que fica é a fortaleza
da existência,
seja na presença
ou na falta dela.
quando o contraste
é catarse,
a diferença
é a igualdade
desmascarada.
hoje,
o princípio individual
é sentir a falta
da calma reflexiva
que tal arte me causa,
e não a vontade
passional
de respirar a vida
que
quando abstraio
pouco a pouco
não me solta
só
me
mata.
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